segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O que é um "Verdadeiro Portimonense"?

Muitas vezes se tem escrito neste Blog a expressão "Verdadeiros Portimonenses". O que é isto de ser verdadeiro Portimonense? Há Portimonenses falsos?

A maneira de estar dos adeptos portugueses nos estádios ou nos cafés, em casa em frente à TV, ou na rua a conversar com os amigos é muito particular. Em Portimão, penso que, com as normais excepções à regra, se segue o exemplo do que se faz e vive no resto do país.

Em Portugal e em Portimão, diria que o "adepto tipo" é o que aplaude pouco e assobia muito. O adepto que tem outro clube, e que o Portimonense é secundário. O adepto que descarrega as suas frustrações da semana de trabalho, chamando nomes ao treinador, árbitro e jogadores.

A maioria dos adeptos gosta de ver o ambiente que se vive nos estádios em Inglaterra, mas na verdade o que é que cada um de nós contribui para isso? O que é que falta? Coragem? Temos vergonha de apoiar a nossa equipa? Que coisa estranha!

Há quem diga que um adepto deve apoiar a equipa sempre, mesmo que não esteja satisfeito com os resultados e exibições. Por outro lado, há quem defenda que um adepto, e principalmente um sócio do clube, está no direito de manifestar o seu desagrado e criticar aquilo que está mal. Quem é que está certo? Todos um pouco? Nenhum? Talvez possa existir aqui um meio-termo. Se por um lado não devemos condicionar o trabalho dos jogadores e técnicos, dando o maior apoio possível, também por outro lado deveríamos ter a oportunidade de poder expressar o nosso descontentamento. Acho que há que respeitar as duas posturas, tenha-se ou não razão.

Mas muitas vezes, e acontece também aqui nos comentários do Blog, acaba-se por enveredar por caminhos que não levam a nada. Em vez de se dar a opinião acerca do que se passa no nosso clube, acaba-se por fazer acusações pessoais, faltas de respeito entre pessoas do mesmo clube, exposição da vida pessoal de alguns, mesmo que sejam os jogadores, técnicos ou directores. Confesso que compreendo que este tipo de situações dê um certo gozo a algumas pessoas, que fazem uma espécie de competição de palavras, mas em nada ajuda o clube.

Por outro lado, penso que é também benéfico que se aponte o que achamos mal, desde que as opiniões sejam dadas com respeito. E se, como é sabido, os responsáveis, técnicos e jogadores do clube dão alguma atenção ao que aqui é escrito, ainda melhor: sentimos que realmente estamos a contribuir com algo.

Com toda esta questão falta-me ainda falar num outro tipo de adeptos: as claques. Será que fazem realmente falta ao futebol? Em Inglaterra, por exemplo, não existem claques, mas todos os adeptos sabem cânticos de cor e fazem o ambiente nos estádios ser arrepiante. Por outro lado, nos outros países, os grandes clubes tem este tipo de organização, e as coreografias e cânticos também trazem alguma cor e alegria ao estádio. E os jogadores, sentem o apoio das claques, ou é-lhes indiferente?

O problema está na utilização das claques por parte de alguns grupos de interesse, quer seja ao nível da promoção política, quer apenas por motivação do uso da violência, ou ainda para intimidar os adversários, o que faz com que estes adeptos organizados sejam muitas vezes conotados negativamente.

Conclusão? Acho que não há uma definição para verdadeiro Portimonense. Seja-se sócio ou não, há muitos ou poucos anos, faça-se mais ou menos quilómetros, contribua-se de uma forma mais activa ou de outra para ajudar o clube, acho que não devemos medir forças entre nós, mas medirmos forças com os adversários e tentar contribuir para fazer o clube crescer.

Uma coisa é certa, o nosso Estádio em Portimão tem tido cada vez menos gente e vive-se um ambiente tristonho. Acho que não só a Direcção, mas todos nós, podemos tentar contribuir um pouco para alterar a situação.

6 comentários:

André Gomes disse...

Concordo plenamente.....era isto que faltava aqui no blog.....pode ser que com este post se lavem muitas cabeças e qu se concentrem só em ajudar o Portimonense...

Anónimo disse...

ok , está tudo muito certo , mas nós todos sabemos que a maioria só está contente quando ganhamos e mesmo assim nem sempre , como eu muitas vezes ouço " ganhou , tambem se não ganha-se a estes , ou só ganha a mortos "

Anónimo disse...

nem mais ja pouca gente se manifesta nos jogos ainda me lembro de noutros tempos em que se vibrava com o portimonense se fazia esperas aos arbitros(nao querendo dizer que seja positivo) mas sempre era uma manifestaçao pelo portimonense o ambiente antes era dificil para quem vinha ca jogar e todos os clubes que vinham ca jogar era com o pensamento de virem a um estadio dificil e mesmo para aqueles clubes que lutavam pela subida vir empatar a portimao ja era bastante bom agora o pensamente é ganharam muito bem nao ganharam azar a maior parte é indiferente

Toy Marafado disse...

Também eu faço um "mea culpa" e assumo que por vezes os meus comentários não são os mais adequados. Temos opiniões muito diferentes mas numa coisa somos todos iguais, queremos muito que o Portimonense vença SEMPRE!!! Lanço aqui um desafio, no dia 26 contra o Belenenses vamos recuar aos tempos em que andávamos na 1ª Divisão e apoiar como o fazíamos nessa altura. Levem todos um cachecol, uma camisola, uma bandeira e vamos apoiar do ínicio ao fim, independentemente do resultado. Eu vou lá estar e espero que vocês também o façam!

Anónimo disse...

eu tambem gostaria de levar uma camisola... mas onde a compro??? e a k preço??? se a direcção realmente se debruçar sobre este assunto pode contar quantos adeptos vao ao estadio de camisola alvi-negra vestida. nao havera nada que possam fazer sobre este assunto? uma sugestão: vendam as camisolas mais baratas!!! mais vale vender 100 a 25 euros que 10 a 50!!! pensem nisso.

Anónimo disse...

Concordo plenamente com o que foi dito,nós adeptos do portimonense não devemos ser da direcção x,y,z mas sim do Portimonense,todos têm o direito de dizer quando acham que algo está mal ou elogiar quando está tudo bem,este blog não tem sido um blog imparcial,porque não defendem o clube mas sim quem lá está,apesar do trabalho feito estar a vista