Blog do Portimonense

ENTREVISTA AO CAPITÃO HÉLDER CLARA

por Pedro Azevedo "Guetov" e Pedro Custódio "Toy Marafado"

"Nunca devia ter saído do Portimonense!"

19 De Janeiro de 2008, sábado, ao início da tarde, o antigo capitão do Portimonense, Hélder Clara, veio ao encontro do Blog do Portimonense, num Restaurante, em Carnaxide.
Por entre garfadas, lá fomos recordando toda a carreira de Hélder Clara e a sua passagem pelo Portimonense.
Hélder Clara, jogador que representou o Portimonense durante cinco temporadas e que envergou a braçadeira de capitão, mostrou-se um Homem humilde e com um gosto imenso por Portimão e pelo Portimonense. Aos 35 anos (Nasceu a 3/Setembro/ 1972, em Lisboa), não esquece o clube pelo qual guarda as melhores recordações de uma carreira que ainda não terminou.
Visivelmente emocionado, reviu-se nas páginas do livro da História do Portimonense, não escondendo a enorme frustração que sente por não ter conseguido subir à 1ª Divisão pelo Portimonense.
Hélder Clara abriu o seu coração, falando de tudo aquilo que sentiu ao representar aquele que é o seu clube: o Portimonense!

Toy Marafado, Hélder Clara e Guetov unidos por uma paixão...o Portimonense!

Capítulo 1 – Carreira

Blog do Portimonense: 1. Iniciaste a tua carreira no Clube Atlético Cultural da Pontinha (o mesmo clube onde Rui Águas iniciou a sua carreira) e jogaste ainda no Clube de Futebol Unidos, antes de iniciares um percurso nos escalões de formação no Sporting. Que títulos conquistaste? Com quem jogaste? Quem te treinou? Recorda-nos o teu percurso.
Hélder Clara: "De facto iniciei a minha carreira no Clube Atlético Cultural da Pontinha, tendo de seguida alinhado no Clube de Futebol Unidos, do Bairro Padre Cruz, de onde sou originário. Foi Aurélio Pereira, irmão de Carlos Pereira, actual treinador-adjunto de Paulo Bento no Sporting, que me viu jogar e aconselhou ao Sporting a minha contratação. De início estava um pouco reticente, pois não queria abandonar o clube do meu bairro, mas acabei por aceitar o convite a ainda bem que assim foi, tendo passado a representar o Sporting. Tive como colegas no Sporting, Figo, Peixe, Paulo Santos, Porfírio, entre muitos outros jogadores de eleição. Como técnicos, Colin Dobson, um inglês que foi sugerido por Keith Burkinshaw, treinador da equipa principal do Sporting, o brasileiro Manuel Miluir, Vitorino Bastos (já falecido) e Carlos Pereira, com quem me sagrei Campeão Nacional de Iniciados numa temporada fantástica em que só tivemos vitórias, nem um único empate ou derrota, o que penso ser um feito inédito no nossos país, e Fernando Mendes, o melhor treinador que conheci até hoje. Venci ainda o prémio para o Melhor Jogador do Torneio Inter-Associações em Sub-15, ao serviço da Selecção de Lisboa."

2. Que treinadores/dirigentes ou outras pessoas gostarias de destacar tendo sido os mais importantes para a tua carreira?
"Como referi atrás, gostava de salientar Fernando Mendes, o técnico que conheci até hoje, em minha opinião, com melhores conhecimentos de Futebol, o melhor treinador com quem trabalhei! Também gostaria de destacar Carlos Pereira, com quem mantenho contacto ainda hoje. Enquanto pessoa é um grande homem!"

3. Que recordações guardas da tua passagem por um dos grandes do Futebol português? Como caracterizas as épocas passadas de leão ao peito?
"Posso dizer que o Sporting assegurava todas as condições necessárias, desde dinheiro, subsídios, equipamentos, etc. Algo que precisássemos o clube assegurava, nunca nos faltava nada. Recebi enquanto jogador do Sporting um convite por parte de Costa Soares para transferir-me para o F.C.Porto, mas não aceitei. Assinei um contrato de sénior com a duração de duas épocas com o Sporting, no entanto só em jogos de apresentação de outras equipas, na pré-temporada, tive a oportunidade de envergar a camisola do Sporting. Acabei por jogar no Atlético, na altura treinado pelo já falecido Vítor Damas, e no Lourinhanense, por empréstimo."

4. Sporting, Atlético, Lourinhanense, Alverca, Santa Clara, Nacional, Imortal, Portimonense, Atl. Cacem, Loures. Estes foram alguns dos clubes que representaste ao longo da tua carreira. Sentes-te realizado com aquilo que alcançaste? Farias alguma coisa de maneira diferente?
"Sem dúvida nenhuma que o pior erro que cometi ao longo da minha carreira foi ter saído do Portimonense para assinar pelo Varzim! A proposta em termos financeiros era muito boa (o dobro do ordenado que recebia em Portimão), mas o dinheiro não é tudo na vida… O pior ano enquanto sénior vivi-o no Alverca, onde curiosamente tive o privilégio de ter sido colega do internacional angolano Akwá, um dos melhores jogadores que vi jogar na frente de ataque!"

5. Quais as melhores e, já agora, as piores recordações que guardas até hoje?
"O Portimonense é sem qualquer margem de dúvida o clube do meu coração! Foram de longe os melhores anos da minha vida, aqueles que passei em Portimão! Considero que o Portimonense que eu conheci era um clube muito bem dirigido e dotado de muito boas condições. Por outro lado, também não me esqueço do sentimento de frustração em ter abandonado o Portimonense. Nunca devia ter saído do Portimonense! Depois de tantos locais em que joguei e residi, nenhum outro local suplantou Portimão. Tenciono um dia regressar e estabelecer-me em Portimão, sentimento que é comum ao restante agregado familiar. Não há terra como Portimão!"

6. Aos 35 anos, actualmente ao serviço do Loures (Distritais AF. Lisboa), o que perspectivas ainda para a tua já longa carreira? Já ponderaste o abandono do Futebol?
"Ainda não pensei em retirar-me. Enquanto me sentir bem e em condições continuarei a fazer o que mais gosto, que é jogar Futebol!"

7. Meszaros, Arnaldo Cunha, Filipe Moreira, Bernardino Pedroto, Amílcar Fonseca, Ricardo Formosinho, Rogério Gonçalves. Muitos foram os treinadores que te orientaram. Quais aqueles que mais te marcaram?
"Em termos de metodologia de treino, Formosinho foi o melhor, pena que sentia em demasia o fantasma da chicotada psicológica. Penso que foi um técnico que nunca foi bafejado pela sorte, que bem a merecia. Em termos humanos, Amílcar Fonseca. São poucas as palavras que encontro para definir aquilo que vale Amílcar Fonseca enquanto homem! Simplesmente fantástico! Sabia bem como motivar os jogadores, ele costumava afirmar que não tinha nada para nos dizer, para irmos para o campo e fazermos o que demonstrávamos nos treinos."

8. E colegas de equipa? Recordas-te de algum em especial ou gostarias de deixar algum comentário sobre algum deles?
"Numa profissão em que é difícil arranjar amigos verdadeiros, gostava de salientar Evaldo, Manuel do Carmo, Rui Loja e Rui Alves, com quem mantenho contacto. Curiosamente, todos jogadores do Portimonense. O Rui Loja, o “Vegeta”, foi dos melhores jogadores com quem eu tive o prazer de jogar. Fazia golos fabulosos."

Hélder Clara e Rui Loja "O Vegeta" na festa da subida!

9. Em que bairro lisboeta nasceste?
"No Bairro Padre Cruz, onde actualmente estou a residir."

10. Para além do Futebol tens alguma outra actividade profissional?
"Desde Agosto que acumulo para além do Futebol, uma profissão ligada a uma instituição bancária."

11. Quais os teus hobbys/passatempos preferidos?
"Como tenho pouco tempo livre, que é praticamente ocupado entre o trabalho, os treinos e em casa, neste momento não tenho assim nenhum hobby em especial. Mas interesso-me por tudo aquilo que tenha a ver com Desporto."

Capítulo 2 – Passagem pelo Portimonense

12. Fizeste a tua estreia com a camisola do Portimonense no dia 14 de Setembro de 1997, numa vitória por 2-0 em Vendas Novas, frente ao Estrela local. Recordas-te deste jogo? E outros jogos que te lembres?
"Na realidade não me recordo. Lembro-me do resultado e penso que o Ricardo marcou um golo nessa partida. Aquilo que me recordo bem foi do dia em que cheguei a Portimão, 3/9/1997, que é o dia do meu aniversário! Curiosamente, a primeira pessoa com quem me lembro de ter falado foi o mesmo Ricardo, avançado do Portimonense, que me deu uma boleia do aeroporto, onde regressava da Madeira, directo para o treino no Campo Major David Neto."

13. Depois de teres feito a pré-temporada no Nacional da Madeira com Jair Picerni, em 1997/98, acabaste por ir para o Portimonense, treinado por Filipe Moreira (que te treinou no Santa Clara em 1996/97). Como se processou esta mudança para Portimão?
"Filipe Moreira, que me tinha orientado na temporada anterior nos Açores e já tinha sido adjunto de Meszaros no Lourinhanense quando lá joguei, sabia que eu tinha sido dispensado pelo Nacional e convidou-me para ir para o Portimonense. Foi fácil de chegar a acordo e assinei por um ano. Gostava de destacar José Rebelo e o Eng.º Alberto Estêvão, duas pessoas das quais só posso dizer bem! Em 1996/1997 e numa atitude que julgo ser única, o Eng.º Alberto Estêvão pagou dois ordenados adiantados ao plantel!"

14. Foste emprestado pelo Portimonense ao Imortal de Albufeira na época de 1999/2000, tendo conseguido a manutenção na Liga de Honra. Estava nos teus planos voltar a Portimão na época seguinte? Não ficaste frustrado por voltar a jogar na 2ª Divisão “B” (época em que foste Campeão – 2000/2001)?
"Nunca quis sair mas António Pedro, Presidente do Portimonense na altura (substituindo o Eng.º Estêvão, que se afastou), empurrou-me para fora! Mas posso afirmar que pelo meu empréstimo ao Imortal de Albufeira, o Portimonense recebeu contrapartidas em forma de equipamentos e estadias em unidades hoteleiras pertencentes a Fernando Barata. Quando o Eng.º Estêvão voltou a assumir a Presidência do Portimonense só pensava em voltar."

15. Pese teres conseguido subir de Divisão no Lourinhanense (92/93 – 3ª Div.) e Alverca (94/95 – 2ª Divisão “B”), só no Portimonense, em 2000/2001, conquistaste o teu único título nos seniores – CAMPEÃO 2ª DIVISÃO “B”. Curiosamente foi esta a época em que marcaste mais golos. Como viveste esta conquista?
"Foi uma época fabulosa, da qual me orgulho muito. Quanto a golos, gostaria de destacar um frente ao Caçadores das Taipas, para a Taça de Portugal, obtido antes do meio-campo!"

2000/2001: Portimonense Campeão a Sul

16. De certeza que passaste no Portimonense por muitas situações engraçadas ou peculiares. Relata-nos aqueles episódios que mais ficaram na tua memória.
"Foram muitos os episódios caricatos. Lembro-me que, em determinada altura, fomos num Sábado treinar à chuva na Praia da Rocha devido à superstição de Amílcar Fonseca, pessoa extremamente supersticiosa! O Amílcar ainda deve ter uma cicatriz numa das pernas, pois num treino o Tchulass deu-lhe uma porrada no decorrer de uma peladinha…"

17. Outras figuras carismáticas ligadas ao Portimonense com quem tenhas tido uma relação especial. Tirando colegas, gostarias de deixar alguma mensagem ou comentário sobre algum funcionário, dirigente, etc.
"Gostava de referir o roupeiro Fernando Machadinho, “o Cruyff”! O Sr. Virgílio e o Jorge da Secretaria, sempre fui muito bem tratado em Portimão."

18. Na temporada de 2002/2003, o Portimonense esteve muito perto de subir à 1ª divisão, falhando esse objectivo nas jornadas finais frente a equipas que estavam posicionadas nos últimos lugares. O que se passou? Aquela temporada de 2002/2003 foi fantástica! A última grande temporada do Portimonense! Mas muita gente continua desconfiada daquele final de época onde tudo fazia crer que se subiria e afinal foi o que se sabe… Gostarias de esclarecer as pessoas sobre muito daquilo que se continua a falar?
"Os jogadores foram os únicos responsáveis pela situação! No fundo, não tivemos a capacidade para lidar com a pressão. Não existiu qualquer fantasma. Agora, posso dizer que, a três, quatro jornadas do final do Campeonato, fomos informados que se nos encontrássemos em igualdade pontual com outro candidato não teríamos hipóteses de subir! Na última jornada sabíamos que o jogo entre o Rio Ave e a Naval acabaria empatado, gorando qualquer hipótese de podermos subir! Também não posso negar que aqueles últimos dez minutos do jogo frente ao Estrela da Amadora me pareceram muito estranhos, mas, que eu saiba, não houve qualquer tipo de facilitismos. Lembro-me do avançado do Estrela da Amadora, o brasileiro Doriva, nos suplicar para que não marcássemos e que facilitássemos. Penso que se o Portimonense não subiu naquela época foi por ter sido sério, o Eng.º Alberto Estêvão era uma pessoa séria demais para entrar em determinadas jogadas… O Futebol é um Mundo podre! Todas as boas pessoas têm saído do Futebol."

19. Último jogo pelo Portimonense. Casa cheia. 1 Golo de letra ao Estr. Amadora. Depois o descalabro de 2-0 para 2-3 e consequente subida dos amadorenses. Como viveste esta partida?
"Vivi-a sobretudo com um profundo sentimento de frustração. Foi a pior sensação que senti até hoje no balneário! Esse sentimento posso confirmar que era generalizado, desde dirigentes, jogadores e equipa técnica. De seguida deu-se a debandada, terminava um ciclo na história do Portimonense. A saída do Eng.º. Estêvão da Presidência foi uma grande baixa para o clube, pois acredito se ele tivesse continuado subiríamos logo nesse mesmo ano de Divisão. Ele era um Presidente sempre muito presente. Lembro-me de várias vezes falar comigo, eu representando o grupo na condição de capitão, para transmitir palavras de incentivo ao plantel para lutar pela subida de Divisão."

2002/2003: Subida à 1ª Divisão falhada na última jornada!

20. Abandonaste o Portimonense no final desta temporada, juntamente com a Direcção, treinador e muitos outros jogadores, rumo ao Varzim. Tiveste a oportunidade de voltar ao Portimonense na época seguinte? O que falhou para teres ido para Loulé?
"Quis regressar ao Portimonense logo após a pré-temporada efectuada ao serviço do Varzim mas fui informado que tinham colocado essa questão a Dito, mas este não necessitava de um jogador com as minhas características. A meio da época voltou-se a repetir a mesma situação, mas voltei a ter a mesma resposta. Antes de ir para Loulé não houve nada da parte do Portimonense. Fui para o Louletano com alguns colegas que tinham estado comigo no Portimonense, como o Botelho e o Manuel do Carmo, tendo sido uma vez mais treinado por Amílcar Fonseca. A época não nos correu muito bem e acabámos por ficar muito longe dos lugares de subida."

Em Loulé

21. Patrão, capitão, o Homem dos grandes golos. Como era a tua relação com os adeptos do Portimonense?
"A minha relação com os adeptos era a melhor possível, sempre mantive com todos um óptimo relacionamento."

O estilo de Hélder Clara

22. No entanto alguns adeptos consideravam-te lento e muitas vezes ausente do jogo. O que tens a dizer sobre estas críticas?
"Respeito as opiniões de qualquer pessoa mas gostava que quem as faz se identificasse" (referindo-se a alguns comentários feitos no Blog no post referente à sua pessoa).

23. Acompanhas a carreira do Portimonense? O que achas da situação actual?
"Continua a ser o clube do meu coração e sinto uma enorme frustração pela situação vivida actualmente em termos desportivos. Lamento que o clube tenha sido muito mal dirigido ao longo das últimas épocas até à tomada de posse desta Direcção liderada por Fernando Rocha. Julgo que essas pessoas deveriam ser responsabilizadas por o clube ter passado todas estas dificuldades! Como também acredito que com esta Direcção tudo possa melhorar. Lembro-me de Fernando Rocha, e se ele acredita que o Portimonense vai dar a volta, podem ter a certeza que é isso que vai acontecer!"

24. Hélder, se não tivesses saído do Portimonense achas que ainda poderias estar a jogar em Portimão?
"Acredito que se tivesse permanecido em Portimão e não tivesse saído para o Varzim, muito provavelmente continuaria ainda a ser jogador do Portimonense."

25. Quando olhas para a tua carreira, o que sentes por teres sido capitão de um clube histórico do Futebol português e dos mais representativos do Algarve, o Portimonense?
"Um grande orgulho! Foi uma grande honra e um grande privilégio ter sido capitão do Portimonense, muito maior do que ter capitaneado o Sporting e outros clubes onde joguei."

26. Conhecias/visitavas o Blog do Portimonense?
"Não conhecia até ter sido contactado por vocês. Penso que por aquilo que tive a oportunidade de verificar, está muito bem ilustrado, delineado e é muito boa ideia entrevistarem pessoas que estejam ou tenham estado ligadas ao clube."

27. Uma mensagem especial para os adeptos do Portimonense/leitores do Blog.
"O Portimonense está no bom caminho, no rumo certo. Devemos ajudar os jogadores dando-lhes o maior apoio possível pois não é fácil sair-se deste tipo de situações. Mas acredito que acabarão por sair da situação que estão agora a viver. Quando as coisas estão complicadas acontecem sempre as coisas mais inesperadas. Penalties nos últimos minutos contra nós, bolas na trave, os jogadores vão ter que ter muita força para sair desta situação. De Portimão e do Portimonense só posso falar bem. O lugar do Portimonense deveria ser sempre na 1ª Liga."

28. O que sentes por figurar no livro da História do Portimonense Sporting Clube? (A força com que festejaste o golo na tua última partida com a camisola alvinegra vestida. O que sentiste nesse momento?)
"Muito orgulho. Bons tempos…"


Tivemos a oportunidade de trazer ao Blog do Portimonense, Hélder Clara, Portimonense de coração. Falar da sua carreira é falar de Portimão e do Portimonense.
O seu rosto inexpressivo ganha um brilho nos olhos quando se revê no livro do Portimonense. A voz embargada apenas deixa sair um sufocante "Bons Tempos…", onde a alegria e o orgulho de ter sido jogador e capitão do Portimonense rivalizam com a tristeza da marcha do tempo, que é soberano e não volta atrás.
Agradecemos a disponibilidade do Hélder Clara para ser entrevistado pelo Blog de todos os Portimonenses. Agradecemos também ao Portimonense Sporting Clube, e neste caso concreto ao Jorge Dias, ter-nos cedido com a maior brevidade possível um Livro da História do Portimonense, que ofertecemos a Hélder Clara em nome do clube.
Imperdível a emoção de Hélder Clara ao desfolhar as páginas da sua vida. A paixão que irá durar até ao final dos seus dias de um dia ter jogado com o emblema do Portimonense sobre o peito.
Hélder… És Grande Hélder…

"Bons Tempos…"

Dedicatória especial aos adeptos e jogadores do Portimonense