ARTIGO DE OPINIÃO PESSOAL: "A estranha deserção de Rafa"

O desaparecimento do jovem brasileiro Rafa tem tanto de estranho como de bizarro, depois do mesmo ter assumido um compromisso válido para as próximas quatro épocas com o Portimonense, contemplando este contrato uma cláusula de rescisão no valor de cinco milhões de euros, o que deixa antever uma posição confortável para o clube em claro contraste com o jogador que se verá privado de exercer a sua actividade profissional noutro clube até que um entendimento entre um potencial clube interessado e o Portimonense seja uma realidade.
Parece claro que esta ruptura em nada beneficia o jovem jogador de apenas 16 anos de idade e em quem o Portimonense depositou fundadas esperanças no seu potencial, investindo na sua formação e crescimento futebolístico após um ano em que esteve impedido de jogar por questões burocráticas, entretanto ultrapassadas, o clube viu-se prejudicado em função do investimento feito sem daí tirar contrapartidas e concerteza não irá abdicar de salvaguardar os seus interesses depois da demonstração de ingratidão de que foi alvo por parte do jovem brasileiro.
A esta ingratidão está indelevelmente associada a acção dos seu(s) representante(s) em todo este processo, em que será fácil concluir que a sua interferência se mostrou decisiva e claramente prejudicial aos interesses do jovem atleta, quando o que se pede a um gestor de carreira ou agente é a defesa dos interesses do atleta, não olhando só à vertente financeira, mas ajudando a construir uma carreira sólida e neste caso em função da sua tenra idade não queimando etapas na sua formação levando à destruição de uma carreira com base em promessas falsas e desajustadas... Ao jogador resta regressar e cumprir o vínculo que o liga ao Portimonense, se tal não se verificar o clube terá que usar da irredutibilidade na defesa dos seus interesses...


nunopsc@gmail