segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

ANÁLISE À INOPERÂNCIA OFENSIVA

Os 12 golos marcados pelo Portimonense até este momento na Liga Vitalis não deixam escapar a falta de argumentos e incapacidade concretizadora do nosso clube. É verdade que "apenas" 6 clubes conseguiram ser mais concretizadores até agora mas convido-vos a retirar desta contabilidade o jogo contra o Desportivo das Aves que, de tão atípico, rendeu 5 golos...
Isto significa que em todas as restantes 10 partidas o Portimonense não foi além de 7 golos marcados o que, na lista de golos marcados, nos colocaria... no último lugar.
Em jogos fora a incapacidade é flagrante: em 5 jogos disputados o Portimonense apenas marcou 1 golo (vitória em Leiria 1-0), tendo ficado em branco nos restantes 4! Somos os piores, ao lado do Gondomar...
Sem golos não há vitórias e todos sabemos que nem somos dos clubes a praticar pior futebol, tendo jogado de igual para igual com quase todos os adversários. Necessita-se, pois, de encontrar soluções que resolvam o problema da concretização. Janeiro já aí está...
Tacticamente não sou apologista de ver Gonzalo "encostado" ao lado esquerdo, como se de um extremo se tratasse. Não é jogador de correr com bola controlada e driblar um adversário. A sua utilidade vem ao de cima a Ponta de Lança, em jogo mais directo, abrindo espaço para os extremos e lutando por bolas, onde me parece desempenhar estas funções de forma mais eficaz que Henrique. Gonzalo à esquerda apenas faz sentido se, em lances ofensivos flectir para o centro, abrindo o flanco para os cruzamentos de Nilson, desde que este tenha liberdade para subir no terreno. Nestes lances o Portimonense passaria dispôr de 2 Pontas de Lança (Henrique e Gonzalo) que confeririam uma presença assinalável na área adversária. Teoricamente este "desenho" até funciona, mas na prática parece-me que poucos frutos foram colhidos, talvez devido à falta de velocidade de Gonzalo para chegar à area a tempo de lutar perto de Henrique. Certo que foi nesta táctica que se alcançou a vitória em Leiria, mas de nenhuma forma poderemos dizer que foi esta alteração que nos conduziu à vitória. Foi, sim, um remate inspirado de Diogo.
Ofensivamente o Portimonense tem muito trabalho pela frente, um problema recorrente da temporada passada. Parece-me que Vítor Pontes continua à procura do tridente ofensivo mais capaz de criar problemas às defesas adversárias. Até porque Vasco Matos, Hugo Santos e Raphael Freitas não têm sido capazes de desequilibrar...

9 comentários:

guetov disse...

Analisando os números:

Para a Liga Vitalis, em 6 jogos marcámos 11 golos (ficámos uma só vez em branco, frente ao Boavista)

Sofremos nesses mesmos 6 encontros, 10 golos (o único adversário que não marcou em Portimão foi a Oliveirense)

Fora, marcámos apenas 1 golo (em Leiria)em 5 jogos (mas empatámos por três vezes a 0 bolas) e sofremos 3 golos (todos no mesmo jogo frente ao Santa Clara)

Na Taça de Portugal, em casa marcámos 5 golos e sofremos apenas 1.
Fora, marcámos 3 e sofremos 5 golos.

Para a Taça da Liga, em casa não marcámos nenhum golo e sofremos 2, enquanto fora, sofremos 2 e marcámos 1.

Total nos jogos disputados em casa:
16 golos marcados, 13 sofridos

Total nos jogos disputados fora:
5 golos marcados, 10 sofridos

Total Absoluto:
21 golos marcados, 23 golos sofridos.

Será que o problema maior é o facto de não marcarmos golos suficientes ou sofrermos golos a mais?

Se é verdade que em determinados jogos, desperdiçámos alguns golos, também muitos daqueles que sofremos, foram bastante consentidos.

O Portimonense não se encontra mal colocado na tabela classificativa, em termos exibicionais tem estado acima da média daquilo que se vê na Liga Vitalis e até mesmo na Liga Sagres.

Penso que com este plantel, reforçado num determinado sector (que não o avançado), podemos fazer uma boa segunda volta.

guetov disse...

Curioso que para a Liga Vitalis, existe uma grande coesão defensiva nos jogos disputados fora e uma grande ineficácia em termos ataquantes, exactamente o contrário se passa nos jogos efectuados em casa. Nestes, conseguimos marcar, mas sofremos em demasia...

Ruben disse...

Concordo com a analise do simões, que se têm marcado poucos golos, apesar de para ser justo, devia-se tirar das contas também um jogo em que não tivessemos marcado golos, já que se retirou o jogo em que marcámos mais.

Guetov, acho que nessa análise, não devias colocar os jogos da taça de portugal (principalmente o do Crato e do Pinhalnovense) por serem equipas de níveis inferiores.

De qualquer forma, quem assiste à maior parte dos jogos, repara bem que temos alguma dificuldade em criar oportunidades flagrantes (1 ou 2 por jogo), e não cabe aos pontas de lança essa missão, mas mais aos alas, e médios especialmente de cariz ofensivo.

Nesse aspecto quem muitas vezes tem feito o papel que não é dele, é Ricardo Pessoa.

Temos vários jogadores nestas posições que me parece que têm e podem mostrar mais. Vasco Matos, Rui Pedro, Hugo Santos, Philco e Narcise. Destes, ainda nenhum foi aposta regular de Pontes. A juntar a estes nomes temos o Maxi Assis, lesionado, e Luis Loureiro, que na minha opinião, tendo condições para jogar, é um 2 em 1 no meio campo, a defender e a atacar.

Não falei do Diogo e do Raphael, porque são jogadores que já mostraram do que são capazes (para o bem ou para o mal, conforme as opiniões). O Nuno Coelho é intocavel.

Anónimo disse...

Só agora é que viram que o plantel é fraco?

O problema não é vossa falta de pragmatismo, é de quem está lá dentro.

Mesmo assim, o Mister Pontes está a fazer um excelente trabalho, como já tinha dito, este plantel nas mãos de certos meninos estávamos bem tramados.

Não se pode desculpar com aperto nas contas do clube, deve haver jogadores a receber belos ordenados como Henrique, Vasco Matos, Hugo Santos e Luís Loureiro, que ainda não foram totalmente rentabilizados. Isto para não falar nos casos do Rafa e etc, dinheiro jogado à rua.

P. disse...

Nuno, eu não escrevi que o plantel é fraco. apenas pretendo mostrar que, ofensivamente, há elementos sub aproveitados e falta de capacidade de concretização. Um golo no Estoril teria dado vitória e estivemos perto. O mesmo se aplica para Gondomar, por exemplo.

guetov disse...

Ruben:

Coloquei os jogos frente ao Crato e Pinhalnovense, porque apesar de serem adversários de divisões secundárias, no contexto da Taça, essas partidas não costumam ser nada fáceis.

Concordo contigo na questão dos alas e médios ofensivos, mas o Nilson em termos ataquantes também já deu nas vistas em determinadas partidas. Aliás, em minha opinião, a maior parte das falhas tanto do Ricardo Pessoa como do Nilson, acontecem porque tanto um como o outro têm propensão em actuar muito avançados no terreno.

Não nos podemos esquecer do factor guarda-redes igualmente.

Da mesma forma que Vítor Baía, Casillas, Valdés, Rui Patrício, entre muitos outros exemplos, foi-lhes dada uma oportunidade de assumir a titularidade, e estamos a falar de clubes com bastante projecção, será que Fábio Sapateiro podia constiuir opção válida a curto, médio prazo?

Anónimo disse...

marcamos poucos golos? com o henrique a falhar golos em cima da linha estavam á espera de quê?????
o gajo não vale mesmo nada!!!!!!!!!

Anónimo disse...

A este plantel eu chamo de trabalho mal feito,foram buscar varios jogadores que nao fizeram pre-epoca completa nota-se o rendimento agora aquem do esperado Tambussi,hesley,vasco matos,loureiro,assis,anilton,faustojunta-se a isto tudo a qualidade do Rafael e Diogo e da no que todos vêm jogos que tal como o reporter antena 1 num momento quando ligou para a figueira disse ao colega "então ainda nao te deixaste dormir"

Anónimo disse...

espero é que o ps perca as proximas eleições para acabar a mama tanto na camara como no portimonense