Depois de uma semana conturbada, que culminou com o afastamento da equipa técnica liderada por Vítor Pontes do comando do Portimonense, os adeptos ocorreram em bom número ao Municipal, na esperança de ver terminado um ciclo de 8 jogos sem vitórias.
O opositor, o União de Leiria, claramente em crescendo no Campeonato, muito bem orientado por Manuel Fernandes, um profundo conhecedor do Futebol da Liga Vitalis, tendo conseguido promover ao escalão principal o Campomaiorense e o Stª Clara em anos anteriores.
A 1ª parte foi descolorida, como o tempo, em que o Futebol praticado ficou muito áquem do esperado. Futebol muito pobre de parte a parte, onde a bola foi muito mal tratada, quer pelos intervenientes, quer pelo relvado do Municipal, que se encontrava num estado lastimável!
De registar na etapa inicial um falhanço de Gonzalo na cara do guarda-redes leiriense e um cabeceamento de Fausto, após um canto, que encontrou as pernas de um opositor sobre a linha de golo. Timidamente, o União obrigou Alê a uma boa estirada para canto e um avançado dos homens da cidade de Liz, imitando o Portimonense Gonzalo, fez o mais difícil ao não acertar na baliza, numa jogada de golo iminente.
Aos 56' minutos, o lance que definiu o marcador final. Gonzalo, displicente, acerta na barreira, num livre em posição frontal à baliza leiriense. O União de Leiria desenhou rapidamente um lance de contra-ataque, aproveitando a subida no terreno da defesa alvinegra, que culminou com um cabeceamento de Cássio, sem oposição na cara de Alê, batendo-o inapelavelmente.
Cássio, avançado brasileiro, com passagem não muito bem sucedida pela Liga principal ao serviço do Nacional, marcou o seu 7º golo na competição, justificando o facto de já ter sido o melhor marcador da Liga de Honra ao serviço do Desp. Chaves, na época 2005/06.
Com a obtenção deste golo, o União ainda se fechou mais no seu meio terreno, procurando a todo o custo tapar os caminhos da sua baliza.
Delgado lançou na partida o reforço argentino Garavano e o brasileiro Raphael Freitas, e o Portimonense exerceu pressão intensa sobre a muralha defensiva leiriense, que ameaçava ruir a qualquer momento. Gonzalo duas vezes não acertou na baliza, Raphael acertou no poste e caprichosamente a bola acabou nas mãos do guarda-redes leiriense, Emídio, numa excelente jogada individual pelo seu flanco, só conseguiu acertar nas malhas laterais.
O União de Leiria acabou por conseguir uma vitória plena de felicidade, que traduz uma eficácia extrema. Os comandados de Manuel Fernandes conseguiram assim a sua 3ª vitória consecutiva, num ciclo de 7 jogos sem derrotas, o que os aproxima dos lugares de promoção, depois de um início de Campeonato nada prometedor. Em Portimão, foram dominados quase ao longo de toda a partida, mas precisaram apenas de um erro do Portimonense para conseguirem uma preciosa vitória.
O Portimonense foi incapaz de contrariar o momento menos bom que atravessa e tudo parece correr mal! Já não conhece o doce sabor da vitória vai para 3 meses, num ciclo de 9 jogos sem vitórias (4 empates e 4 derrotas na Liga + uma derrota na Taça de Portugal). Falta de sorte, ineficácia, várias poderiam ser as razões apontadas para este ciclo de resultados, que aproxima cada vez mais o Portimonense dos lugares de despromoção.
Lito Vidigal terá uma tarefa árdua pela frente, tendo assumido o comando técnico do Portimonense numa fase em que vai entrar num ciclo de jogos de grau de dificuldade elevado. Boavista, Stª Clara, Desp. Aves vão por à prova a qualidade deste grupo de trabalho. Cabe ao novo Treinador recuperar alguns dos jogadores deste plantel que pouco têm demonstrado até ao momento. Vasco Matos, Hugo Santos, Rui Pedro, Luís Loureiro, Henrique e os pouco utilizados Asís e João Vítor poderão trazer ao Portimonense a qualidade que tem faltado para resolver os jogos a favor do Portimonense e conquistar os tão preciosos pontos para assegurar a Manutenção.
Notas negativas para o péssimo estado do relvado, que ajudou a que o Futebol praticado fosse ainda de pior qualidade.
Cosme Machado, neste seu regresso a Portimão, não teve influência no resultado. Este Senhor deve-se achar muito importante, tal o aparato policial que esteve presente em Portimão. 4 carrinhas do corpo de intervenção e mais um carro da polícia... Mais um pouco e estariam em Portimão mais polícias que espectadores a ver o jogo! Triste é o nosso Futebol!
1 comentário:
O Sr. Cosme sem dúvida que teve consciência do seu mau trabalho e como se diz na gíria " quem tem cu tem medo".
O que é certo é que mesmo rodeado de policias desta vez portou-se melhor, ou não fosse algum ovo quebrar-se na sua linda careca.
Olhe Sr. Cosme não tenha medo que os ovos têm muitas proteínas e só iriam ajudá-lo a crescer um lindo cabelinho.
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