segunda-feira, 17 de agosto de 2009

ESTORIL-PRAIA/PORTIMONENSE (CRÓNICA DO JOGO)

O Portimonense venceu, ontem, o Estoril-Praia por 3-1, fruto de uma 2ª parte de grande qualidade onde a sua superioridade ficou bem demonstrada.
A vitória dos alvinegros não merece contestação, embora a diferença de um golo se ajustasse melhor ao que se passou dentro das 4 linhas.

O Estoril-Praia, esta temporada orientado pelo seu antigo jogador Hélder Cristóvão, surpreendeu pela positiva. Entrou melhor na partida e criou grandes dificuldades ao Portimonense.
Com poucos dias de trabalho e um plantel de apenas 19 jogadores, o Estoril, enquanto teve pernas para discutir o jogo, apresentou um jogo de grande intensidade, impondo um ritmo forte para uma partida de início de temporada.
O Estoril jogou num 4X4X2, que em situações de ataque se desdobrava com grande facilidade num 4X2X4. Laterais ofensivos (Marco Silva e Ismaily), uma dupla de centrais muito alta e forte (Jardel e Arthur), um volante de grande qualidade (Ângelo Varela) e dois alas de grande qualidade (Moacir e Calé). Na frente surgiu Manuel Curto apoiado pelo badalado Lulinha.

Lito Vidigal apostou num esquema similar ao apresentado nos jogos da Taça da Liga.
Balú surgiu ao lado de Rúben no centro da defesa. Na frente, Jorge Monteiro surgia no apoio a Pires.
O Portimonense teve algumas dificuldades em suster o Estoril na 1ª metade. Calé e Moacir exploraram a permissividade de Pessoa, que foi várias vezes ultrapassado. O meio-campo alvinegro apresentava muitos equívocos. Monteiro encostava muito atrás, Pires lutava demasiado só na frente, Aragoney andava perdido e Vasco Matos estava ausente do jogo.
A este novelo demasiado enrolado escapavam Adriano, com processos de jogo simples, mas muito eficazes (falha poucos passes, erra pouco!) e Pedro Moita, que enquanto esteve em campo cumpriu as suas funções com uma disciplina táctica perfeita, fazendo uso da sua capacidade de suster a bola, estancando a avalanche canarinha.
A espaços, sobretudo em remates de meia distância, Filipe Leão era posto à prova.
O intervalo chegou e o empate justificava-se, embora o Estoril tenha tido mais tempo a bola e tivesse chegado com mais perigo à baliza alvinegra.

No balneário, Lito corrigiu. Deixou no balneário a sua unidade de menor rendimento (Vasco Matos) e colocou Diogo, que trouxe as soluções para todos os equívocos do meio-campo alvinegro.
Pires, desgastado por uma 1ª metade onde andou muito só, passou a ter mais a bola e a correr muito menos. Monteiro encostou mais na frente, Aragoney abriu finalmente o livro dos seus inúmeros atributos técnicos e a fantasia aconteceu...
Aragoney arranca desde o meio-campo e isola Monteiro na direita, que num remate de grande execução técnica deixa Filipe Leão pregado ao chão, com a bola a entrar junto ao ângulo esquerdo da baliza.
Pensou-se que o Portimonense partiria para uma vitória sem grande sobressaltos, no entanto, 2 minutos após ter marcado, o Portimonense sofreu o golo do empate. Balú tem um erro grosseiro e isola Calé, que não perdoa frente a Alê.

O Portimonense não se ressentiu do empate cedido e lançou-se definitivamente na procura da vitória. O Estoril pagava a factura de uma 1ª parte muito intensa e começava a ceder fisicamente.
Balu, de cabeça, faz 2-1 na cara do guarda-redes estorilista. Pessoa bate o canto na esquerda, os centrais canarinhos ficam no chão, e Balú, no 3º andar, salta à vontade, colocando o Portimonense novamente em vantagem no marcador e redimindo-se do lance que deu o empate.
Mais uma vez pensou-se que o vencedor estaria encontrado, no entanto o Estoril, embora muito debilitado fisicamente não atirou a toalha ao chão. A defesa alvinegra tremeu, mas neste período de jogo foi Alê quem segurou a vantagem.

Ben Traoré, entrado para o lugar de Monteiro, depois de grande jogada de Pires, na cara do guarda-redes, falhou escandalosamente o desvio, adiando o KO dos canarinhos.




Já em cima do apito final, uma vez mais Aragoney a fabricar uma jogada e Pires a obter o troféu merecido. Caiu, levantou-se e na cara dos desamparados defesas estorilistas, a rematar em arco, sem chances de defesa para o guarda-redes adversário.




O Portimonense entrou com o pé direito no Campeonato, batendo um adversário valoroso mas que pagou a factura física de uma 1ª parte jogada num ritmo elevado.
Cosme Machado, depois de alguns jogos do Portimonense em que não foi muito feliz, acompanhou sempre muito de perto as jogadas e como tal damos-lhe o benefício da dúvida em alguns lances mais duvidosos. O árbitro fez, de um modo geral, um trabalho positivo.

Depois das excelentes indicações dadas na estreia, aguarda-se com expectativa os próximos jogos do Portimonense, nomeadamente intramuros, onde ao longo das últimas épocas o Portimonense tem tido muitas dificuldades para bater adversários que jogam muito sobre a sua defesa.


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6 comentários:

LuisMiguel disse...

assinem mas e com este gajo por mais tempo ou ele ainda acaba por bazar

Anónimo disse...

muito bom jogador

Anónimo disse...

Eu já falei, devem assinar o contrato do Aragoney por mais tempo. Se isso não acontecer, ele não demora aqui em Portimão. Ele é totalmente acima do nível dos outros e as equipas grandes não irão demorar a vê-lo.

Bruno disse...

Ja no jogo contra o Feirense havia ficado impressionado com certos pormenores do Aragoney e pelos vistos melhorou num dos defeitos que eu havia notado nesse jogo,que seja uma epoca em ascensao deste e de todos os jogadores do Portimonense

Anónimo disse...

Aragoney chegou com rotulo de craque e está provando em campo... é craque mesmo

Anónimo disse...

ele é craque mesmo... a cada jogo vem melhorando a forma fisica e tecnica... muito bom para o Portimonense