Naval 1º De Maio - Portimonense: FOTOREPORTAGEM

BATALHA NAVAL AFUNDA TRAINEIRA PORTIMONENSE NUM CHARCO COM RELVA!

Não é metafórico o título deste artigo, é o mais fiél retrato do decorrido durante os noventa e seis minutos de jogo, na Figueira da Foz.
Contrariando todas as expectativas, que previam um Portimonense defensivo e expectante, os alvinegros entraram com muita raça, deixando os figueirenses a pensar na vida durante 44 minutos, momento em que Nuno Prata Coelho foi expulso, por acumulação de amarelos. Foi uma expulsão um pouco infantil da parte do médio Portimonense, mas com algum excesso de zelo por banda do árbitro da partida, Rui Costa (será que é da família do Paulo Costa e do Jorge Costa!?).
Apesar de não dominar a 1ª metade, os forasteiros colocaram em sentido toda a defesa da Naval, que se limitou nestes 45 minutos a ver o Portimonense a jogar, procurando atacar, apenas, com bolas bombeadas para as costas da defesa alvinegra.
O primeiro remate com algum perigo saiu dos pés de Henrique, que certamente não sentiu frio durante esta meia parte. Hugo Santos, Raphael Freitas e Diogo, jogaram muito próximos, com muitas trocas de bola, contando sempre com o apoio de dois bons flanqueadores, Emídio Rafael e Ricardo Pessoa, formaram o grupo que deteve a bola mais tempo em seu poder, e sempre com o sentido da baliza à guarda de Jorge Baptista.
Na segunda metade, e já sem Nuno Coelho em campo, expulso aos 43 minutos, o Portimonense entrou mais retraído, mais remetido ao seu meio-campo, com uma Naval mais veloz, mais moralizada, que acabou por chegar ao golo numa rápida jogada, com um cruzamento remate, Alê ainda defende, a bola sobra para Marinho, que fuzila as redes alvinegras. Quando se esperava que os visitantes desmotivassem, com o dissabor do golo, eis que renasce um novo fôlego nos Homens de Portimão, voltando a Naval a sentir muitas dificuldades para não sofrer o golo do empate, que só não surgiu devido à má pontaria de Henrique, que, completamente só, cabeceou para fora.
Vítor Pontes decide então arriscar tudo e faz mexidas profundas na equipa, saem Tambussi e Raphael Freitas, e de uma assentada entram Luís Loureiro e Gonzalo. Mais tarde a saída de Henrique, já estoirado, e a entrada de Narcisse, torna o Portimonense mais ofensivo, mas desprotegido no seu último reduto, o que viria a originar o segundo e terceiro golos, com duas jogadas em que a defesa alvinegra se encontrava descompensada, numa fase em que procurava chegar ao golo. Até aos noventa minutos os alvinegros não baixaram os braços, lutaram até ao soar do apito final, como verdadeiros campeões.
Dois jogadores em destaque, Raphael Freitas, mostrou-se bem física e animicamente, e Emídio Rafael, o seu regresso ao onze titular é uma clara mais valia para o lado esquerdo, subiu bem no terreno quando solicitado e é muito eficaz no sector defensivo.
Nota ainda para o risco assumido pelo Treinador de Portimão, esteve bem nas mexidas na equipa, deu sinal aos seus comandados que queria ganhar a partida, correu mal, mas fez o que deveria ter feito.
O estado do relvado também é motivo de nota, tão mal se fala dos relvados das divisões secundárias, um campo que recebe jogos da Liga Sagres foi transformado num autêntico charco, drenagem do relvado não existe pura e simplesmente, muito mau!

Morreu na Praia, mas morreu dignamente o Portimonense, agora só resta a Liga Vitális, vamos acreditar, e se jogarem pelo menos metade das partidas como se apresentaram na Figueira, teremos uma palavra a dizer nesta prova.

Força Portimonense!