O Blog do Portimonense deu a palavra a um jogador que durante dois anos suou (e de que maneira!) a camisola do Portimonense.
Gonzalo Marronkle está agora no Vietname, mas não esqueceu o Portimonense, clube pelo qual nutre um carinho muito especial.
BdP: Chegaste ao Portimonense no início da época 2007/08 com o Prof. Luís Martins, mas foi com a chegada de Vítor Pontes que conquistaste a titularidade em absoluto. Pensas que foram positivos estes dois anos passados em Portimão?
Gonzalo: "A verdade é que foram muito positivos, aprendi muitíssimas coisas nestes dois anos com todos os treinadores com os quais tive a oportunidade de trabalhar."
Gonzalo: "A verdade é que foram muito positivos, aprendi muitíssimas coisas nestes dois anos com todos os treinadores com os quais tive a oportunidade de trabalhar."
BdP: Evoluíste bastante em termos técnicos e tácticos, sobretudo com Vítor Pontes. Que análise fazes ao trabalho dos três técnicos com os quais trabalhaste em Portimão (Luís Martins, Vítor Pontes e Lito Vidigal)?
Gonzalo: "Bom, foi Luís Martins que me chamou para vir para Portimão, é um Treinador que falava muito com os jogadores, sabia treinar muito bem e, sobretudo, destacava-se por conseguir passar muito bem a mensagem daquilo que pretendia. Vítor Pontes, em primeiro lugar, é um excelente profissional e uma pessoa impecável. Aprendi muitíssimo com ele. Os métodos de treino, a meu ver, eram muito bons, sabe orientar muito bem e dá uma confiança enorme a quem joga, algo que é muito importante. Estou-lhe muito agradecido. Lito Vidigal é muito profissional e dá prioridade ao trabalho físico e à definição daquilo que pretende, algo que também é de salientar."
Gonzalo: "Bom, foi Luís Martins que me chamou para vir para Portimão, é um Treinador que falava muito com os jogadores, sabia treinar muito bem e, sobretudo, destacava-se por conseguir passar muito bem a mensagem daquilo que pretendia. Vítor Pontes, em primeiro lugar, é um excelente profissional e uma pessoa impecável. Aprendi muitíssimo com ele. Os métodos de treino, a meu ver, eram muito bons, sabe orientar muito bem e dá uma confiança enorme a quem joga, algo que é muito importante. Estou-lhe muito agradecido. Lito Vidigal é muito profissional e dá prioridade ao trabalho físico e à definição daquilo que pretende, algo que também é de salientar."
BdP: Algo que te caracterizou foi a forma como sempre deste tudo dentro de campo, lutando sempre até à exaustão. Por vezes, dava a sensação que alguns dos teus companheiros não se empenhavam a fundo. Partilhas desta opinião ou, antes pelo contrário, pensas que os grupos foram sempre muito unidos e combativos?
Gonzalo: "Penso que os grupos foram sempre unidos, sobretudo nos momentos difíceis e acho que nenhum jogador gosta de perder, por isso sempre fiz questão de dar tudo, tal como os meus ex-colegas."
Gonzalo: "Penso que os grupos foram sempre unidos, sobretudo nos momentos difíceis e acho que nenhum jogador gosta de perder, por isso sempre fiz questão de dar tudo, tal como os meus ex-colegas."
BdP: Partilho a opinião daqueles que pensam que o plantel de 2008/09 era inferior ao da temporada de 2007/08. Terá sido por essa razão que Vítor Pontes não conseguiu ter sucesso e dar seguimento ao trabalho realizado na época 2007/08?
Gonzalo: "Não existia diferença em termos de qualidade entre ambos os plantéis. Penso é que as características dos jogadores não eram as mesmas, comparando os dois grupos de trabalho. Na última temporada também não tivemos sorte nem nunca conseguimos vencer três jogos seguidos, o que proporcionaria alguma estabilidade."
BdP: Em termos colectivos e desportivos, que análise fazes a cada uma das temporadas que representaste o Portimonense? Os objectivos propostos foram alcançados ou esperavas mais?
Gonzalo: "Bom, na primeira época, admitindo que o começo da temporada foi muito mau, penso que foi atingido o objectivo, ao terminar da forma em que terminámos. Quando iniciámos a segunda época, a qual começou muito bem, pensei que ia ser bem melhor. Ainda que sabendo que o objectivo que traçámos foi apenas a manutenção"
BdP: Vi há poucos dias uma reportagem onde dizias que o Futebol em Portugal vivia acima das suas possibilidades. Viveste no Portimonense ou nos outros clubes que representaste em Portugal (FC. Porto, Marco e Desportivo de Chaves) alguma situação referente a salários em atraso? Saíste de Portugal com tudo em dia ou nem por isso?
Gonzalo: "Estive três meses em Marco de Canaveses e acabei por nunca receber, no Desportivo de Chaves só passados vários meses me pagaram os dois meses que estavam em dívida, mas no Portimonense cumpriram sempre com o prometido e estiveram sempre em dia!"
Gonzalo: "Estive três meses em Marco de Canaveses e acabei por nunca receber, no Desportivo de Chaves só passados vários meses me pagaram os dois meses que estavam em dívida, mas no Portimonense cumpriram sempre com o prometido e estiveram sempre em dia!"
BdP: Quais as melhores e as piores recordações que levas de Portugal, um país onde pelo que percebi não pretendes regressar em termos profissionais?
Gonzalo: "Sinceramente, não recordo nada de mau, ao invés levo muitas coisas boas, sobretudo muitos amigos, e se um dia surgir a possibilidade voltaria com gosto a Portugal."
BdP: Como avançado que és, ficaste satisfeito com o número de golos que marcaste ao longo da passagem pelo Portimonense? Pensas que o facto do Portimonense não ter conseguido marcar mais golos é mais da responsabilidade dos avançados, dos outros elementos da equipa ou consequência das tácticas utilizadas pelos diferentes treinadores que passaram pelo clube?
Gonzalo: "Claro que teria gostado de ter marcado mais golos, mas não culpo ninguém por isso, nem os meus colegas nem os técnicos. Penso que aquilo que mais me faltou foi continuidade."
BdP: Dentro de campo és sem dúvida um guerreiro incansável, mas fora sempre transmitiste a imagem de seres alguém muito calmo e até algo tímido. Esta época, no decorrer do jogo com o Gondomar a contar para a 21ª Jornada após teres marcado o segundo golo, fizeste uns gestos um tanto ou quanto ostensivos na direcção da bancada dos sócios que nos surpreenderam. Quem eram os alvos da tua aparente revolta?
Gonzalo: "Não fiz nenhum gesto mau, o único que fiz foi para saudar a minha noiva, fui sempre agradecido aos adeptos e não quis ofender ninguém. Penso que fui mal interpretado."
Gonzalo: "Não fiz nenhum gesto mau, o único que fiz foi para saudar a minha noiva, fui sempre agradecido aos adeptos e não quis ofender ninguém. Penso que fui mal interpretado."
BdP: Se com Vítor Pontes foste progressivamente conquistando o teu espaço, já com Lito Vidigal as coisas passaram-se ao contrário. Pensas que não te enquadravas naquilo que Lito Vidigal pretendia? Sentiste de alguma forma, que aquela surpreendente substituição no jogo contra o Olhanense foi o princípio do fim?
Gonzalo: "Sempre respeitei as decisões dos técnicos, se Lito pensou que devia substituir-me, acho que o fez pelo bem da equipa."
Gonzalo: "Sempre respeitei as decisões dos técnicos, se Lito pensou que devia substituir-me, acho que o fez pelo bem da equipa."
BdP: Nos últimos jogos da temporada foste cada vez sendo menos utilizado. Em que momento chegaste à conclusão que não irias continuar no Portimonense?
Gonzalo: "No final do Campeonato surgiu a proposta para vir para o Vietname, que me pareceu importante, e pela qual decidi optar."
BdP: Lidaste bem com o facto de seres preterido em função de um colega (Henrique), que em momento algum foi mais produtivo e útil à equipa do que tu?
Gonzalo: "Henrique é uma excelente pessoa e muito bom profissional. Mereceu tanto como eu as oportunidades que lhe foram concedidas."
BdP: Sais agradado com a forma como foste tratado ao serviço do Portimonense? Ou terás eventualmente alguma queixa a apresentar?
Gonzalo: "Estou muito agradecido por ter representado o Portimonense. Sempre me trataram muito bem, não tenho nada a apontar a ninguém, pelo contrário, senti-me sempre muito feliz."
BdP: Quais as pessoas (técnicos, colegas, dirigentes, funcionários) das quais sentirás ou estarás já a sentir mais saudades? Quem são aqueles que mais te marcaram pela positiva nestes dois últimos anos? Pretendes manter o contacto com alguém em particular?
Gonzalo: "As pessoas que nunca vou esquecer são Vítor Pontes, os dirigentes, pois foram sempre excelentes comigo, o Cruiff e o Alfarroba, os meus colegas, graças a Deus dava-me bem com todos! Permaneço sempre em contacto, especialmente com Diogo Melo, Leo Tambussi, Gonzalo Garavano, Raphael Freitas e Anílton Júnior, com os quais compartilhei muitas coisas bonitas."
BdP: Pensas que é possível o Portimonense lutar por objectivos mais altos ou pelo contrário, entendes que não estão ainda criadas condições para que tal aconteça? Na tua opinião, o que tem ainda de mudar para podermos encarar o futuro com maior optimismo?
Gonzalo: "Penso que o Portimonense possui condições, estruturas e jogadores para disputar a Liga Sagres."
BdP: Portimonense, Chaves, Marco e FC. Porto, qual destes clubes podes dizer que é aquele que mais te marcou e pelo qual o teu coração bate com mais força?
Gonzalo: Portimonense, sem qualquer dúvida, foi o clube que mais gostei de representar e que recordarei para sempre!"
BdP: Como surgiu o interesse na tua contratação pelo T&T de Hanoi? Não receaste partires para o outro lado do Mundo, para actuares num Futebol quase desconhecido e no qual poderás cair no esquecimento?
Gonzalo: "O que me levou a tomar a decisão foi o factor económico."
BdP: Qual foi a primeira sensação ao chegar ao Vietname? E de que forma tem vindo a ser a tua adaptação a uma cultura completamente distinta daquela a que estavas habituado?
Gonzalo: "A primeiro sensação foi a superpopulação, ainda que seja uma cultura diferente, acho que não terei problemas em adaptar-me, pois gosto de desafios."
BdP: Extra futebol, do que é que mais e menos gostaste nestes cinco anos passados em Portugal?
Gonzalo: "Não só eu, mas também a minha noiva, adorámos a praia! (lolololol) , as pessoas, a simpatia e o clima em Portimão. E claro, também o Portimonense!"
BdP: Chegaste a Portugal com apenas 19 anos e ainda tens muitos anos pela frente enquanto profissional. Que objectivos tens para o futuro? Agora que o sonho português terminou, pensas permanecer no continente asiático muito tempo ou tens outros planos para o futuro?
Gonzalo: "Hoje em dia dou prioridade ao factor económico, porque desejo o bem-estar para a minha família. Pretendo para o futuro, continuar a crescer profissionalmente, e se surgir a oportunidade, regressar ao Portimonense."
BdP: Presumo que não estejas sozinho em Hanoi e que tenhas a companhia da tua noiva. Já fizeram amigos? Ou vivem até à data um pouco isolados da restante população?
Gonzalo: Sim, vim com a minha noiva, que me acompanha para todos os lados. Para além disso, existem vários jogadores portugueses no Vietname."
BdP: Que condições de trabalho foste encontrar no T&T? Em termos financeiros, os valores que auferes são mais elevados do que em Portugal? E já agora, a equipa técnica está ao nível das nossas?
Gonzalo: "As condições de trabalho são muito boas e em termos económicos, pagam muito bem. O nível dos Treinadores é inferior em relação a Portugal."
BdP: Gostava de saber a tua opinião acerca dos adeptos do Portimonense, sentiste-te sempre acarinhado pelos mesmos? Pensas que são pouco interventivos, sobretudo no decorrer dos jogos?
Gonzalo: "Sim, sempre senti o apoio dos adeptos, pelo qual estou muito agradecido, sempre sentimos o apoio dentro de campo."
BdP: Honestamente e aqui que ninguém nos ouve, que opinião tens do Blog do Portimonense? Em termos de grupo, alguma vez sentiste que a nossa postura e a informação que apresentámos de algum modo vos foi prejudicial? Dentro do grupo, eram mais aqueles que apreciavam o nosso desempenho ou passava-se precisamente o contrário?
Gonzalo: "Nunca me senti prejudicado pelo Blog do Portimonense, bem antes pelo contrário! Acho que se tive críticas, serviram-me para melhorar. Parece-me bem a vossa postura."
BdP: Aproveita esta ocasião para deixar algum comentário que penses ser pertinente. Alguma mensagem para o clube, adeptos ou algo que penses nunca teres tido a oportunidade de dizer e se justificar plenamente.
Gonzalo: "Agradeço a todos aqueles que sempre me apoiaram, a todo o plantel e ao Blog do Portimonense, pelo apoio com que sempre me brindou. Continuem com o excelente trabalho em prol do Portimonense e com todo o vosso esforço, muito obrigado a todos. Por aquilo que pude observar e que ia chegando até mim, a opinião em relação ao Blog do Portimonense é positiva por parte daqueles que representam e trabalham no Portimonense. Espero um dia voltar a vestir a camisola do Portimonense!"
BdP: Última pergunta: numa frase define Portimonense
Gonzalo: "Portimonense= Paixão"
O Blog do Portimonense agradece a Gonzalo Marronkle pela entrevista e fica a torcer pelo seu sucesso no Vietname. Um profissional exemplar que dentro do campo deu sempre tudo pelo Portimonense!
Em dia de aniversário do clube, não quisemos deixar de proporcionar algo mais a todos aqueles que nos visitam. Esperemos que esta entrevista tenha sido do agrado de todos.
Parabéns Portimonense!
1 comentário:
Sinceramente acho que Gonzalo é um bom jogador e que sempre deu tudo o que tinha em campo, nem sempre foi bem sucedido, mas mesmo assim nunca desistia... sempre até ao fim.. em prol do nosso Portimonense deu o seu melhor e pessoalmente acho que com Vitor Pontes cresceu muito como jogador e era rara a bola que Gonzalo não ganhava de cabeça....
para concluir gostaria de dizer que espero que Gonzalo volte um dia porque jogadores trabalhadores e lutadores como ele, que tem ainda para mais amor ao nosso clube serão sempre bem vindos de volta a uma casa que amam....
Ser Portimonense é uma maneira de estar na vida....
Força Portimonense
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