A OUTRA FACE DA MOEDA
DEPOIS DE TER SIDO DERROTADO O SÁBADO PASSADO EM PORTIMÃO POR 0-3, O PORTIMONENSE VENCEU NA TROFA PELOS MESMOS NÚMEROS...
DEPOIS DE TER SIDO DERROTADO O SÁBADO PASSADO EM PORTIMÃO POR 0-3, O PORTIMONENSE VENCEU NA TROFA PELOS MESMOS NÚMEROS...
O Portimonense reagiu muito bem à derrota caseira da semana passada e venceu, esta manhã, o Trofense pelo mesmo número de golos que havia sofrido diante do Gil Vicente.
Lito Vidigal fez algumas alterações relativamente ao 11 da passada jornada e acabou por ser decisivo nesta importante vitória alvinegra.
A defesa, que não esteve muito bem diante do Real e Gil Vicente, manteve-se a mesma, no entanto na frente deixou Garavano, Monteiro e Vasco Matos de fora em detrimento de Pires, que regressou depois de cumprido um jogo de suspensão, Aragoney e Ben Traoré.
O Portimonense acabou por ter a sorte do jogo, numa fase em que o jogo ainda estava muito equilibrado, quando aos 13 minutos, Adriano rematou forte de meia distância, o guarda-redes Trofense não conseguiu agarrar e Pires, que se preparava para finalizar, foi puxado pelo defesa Nuno Mendes.
O Trofense sofria o golo e ficava reduzido a 10 elementos, tudo isto quando ainda nem tinham passado 15 minutos de jogo.
Em vantagem, o Portimonense controlou a seu belo prazer, mantendo o Trofense muito longe da sua baliza.
Na 2ª metade, o Portimonense voltou a ser feliz num momento crucial.
Início da partida no círculo central, jogada estudada, Ben isola Aragoney que, contrariamente ao que tinha sucedido com o Gil Vicente em Portimão, não perdoou! Remate cruzado, sem qualquer hipótese de defesa para Marco.
O Trofense demorou a reagir e quando o fez, fê-lo de uma maneira muito atabalhoada, a excepção era o recém entrado Charles Chad.
O avançado brasileiro travou um duelo interessante com a defesa alvinegra, que, sob a batuta de Balú, conseguiu manter a baliza de Alê inviolável, o que não havia logrado conseguir nas anteriores 4 jornadas da competição.
Os comandados de Vítor Oliveira abriram espaços na retaguarda na procura de diminuir a desvantagem e o Portimonense dispôs de inúmeras oportunidades para aumentar o marcador.
Lito voltou a fazer uma boa leitura do jogo. Retirou os amarelados Diogo e Aragoney, que até estavam a fazer uma partida agradável, precavendo qualquer expulsão, e lançou na partida João Pedro, que foi jogar no centro da defesa ao lado de Rúben (Balú avançou para o meio-campo), e Monteiro.
O ataque do Portimonense ganhou velocidade e Ben Traoré desperdiçou duas oportunidades na cara do guarda-redes.
O Portimonense teria ainda tempo para marcar mais um golo. Pires permitiu a defesa do guarda-redes do Trofense, na conversão de uma grande penalidade, no entanto Monteiro emendou e fez o 3-0 final.
Esta grande penalidade, à semelhança da 1ª, não merece qualquer tipo de contestação. Jogada de envolvimento na área Trofense com Pires e Monteiro, quando este último procura ganhar uma boa posição para alvejar a baliza, o defesa Bruno Sousa desvia a bola com o braço. Nada a apontar.
Artur Soares Dias daria o jogo por terminado. O árbitro da partida, pese ter assinalado duas grandes penalidades contra os da casa, assinou uma exibição a roçar a perfeição.
À semelhança da derrota da semana anterior, o desequilíbrio no marcador não reflecte o que se passou no terreno. A vitória do Portimonense é justa, é um facto, no entanto os números algo exagerados. Na análise a alguns dados da partida, Portimonense e Trofense muito iguais no número de ataques e remates, com a posse de bola empatada.
No entanto, o Portimonense acabou por ter o domínio de jogo, fazendo-se valer da superioridade numérica no relvado,dispondo das melhores oportunidades de golo ao longo de toda a partida.
Um outro dado estatístico importa analisar. O Trofense fez pouco mais de 10 faltas, enquanto o Portimonense fez quase o triplo! Lito sabe como se ganham jogos em divisões inferiores, e neste aspecto o Portimonense soube sempre parar o jogo do adversário, impondo o seu ritmo.
Nota positiva para toda a equipa, embora não possa deixar de mencionar o jogão feito por Balú e Adriano (parece que tem 18 anos!). Nota também para o regresso de Aragoney à equipa titular, coroando o seu bom jogo com um belo golo.
Grande vitória!
Por último, uma nota para o facto do jogo de hoje ter marcado um curioso reencontro entre o Portimonense e um Treinador que iniciou a carreira ao serviço dos alvinegros, com apenas 32 anos. Vítor Oliveira estreou-se no comando do Portimonense na época 1985/86, sendo o primeiro Treinador de uma equipa algarvia em jogos das competições europeias. Passaram há poucos dias (a 18 de Setembro) 24 anos sobre a estreia da turma de Portimão na Taça UEFA, com um magro mas saboroso triunfo caseiro (1-0) diante dos sérvios do Partizan Belgrado, golo do avançado Pita. Foi uma das páginas mais bonitas da história do Portimonense, à qual Vítor Oliveira ficará para sempre ligado...
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