domingo, 11 de outubro de 2009

JUNIORES - 7ª JORNADA: Portimonense SC 0-3 Sporting CP



FICHA DE JOGO


Campeonato Nacional de Juniores da 1ª Divisão - Zona Sul - 7ª Jornada
Data: 10 de Outubro de 2009
Hora: 15 horas
Local: Estádio Dois Irmãos, em Portimão


PORTIMONENSE SPORTING CLUBE: 1 - Carlos Henriques (13 – Xaba, intervalo), 2 - João Santos, 3 - Jorge Gomes, 4 - Roberto Carmo, 5 - Bruno Pacheco; 6 – André Salvador, 7 – Vítor Gonçalves, 8 – Tiago Fernandes (15 – Diogo Santana, 59 min), 9 – Fábio Nunes, 10 – Pedro Rodrigues e 11 – João Almeida (16 – Leo, 74 min).
Suplentes não utilizados: 12 – David Barreira, 14 – Joaquim Laranjinha, 17 – Vítor Encarnação e 18 – Andrei Puscas.
Treinador: José Augusto.

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL: 1 – Ruben Luís, 2 - Cédric Soares, 3 - Nuno Reis, 4 – Matheus Silva, 5 – Greg Garza, 6 – Luís Almeida “Kikas”, 7 – Renato Santos (17 - Alexis Quintulén, 80 min), 8 – Afonso Taira (18 – Henrique Gomes, 71 min), 9 – Amido Baldé, 10 – José Lopes “Zézinho” e 11 – Alexander Zahavi (16 – Renato Neto, 71 min).
Suplentes não utilizados: 13 - João Figueiredo, 13 – Leandro Albano, 14 – Miguel Serôdio e 15 – Danilo Serrano.
Treinador: José Lima.

Equipa de Arbitragem (Associação de Futebol de Beja): Árbitro: Edgar Gaspar; Assistentes: Carlos Neto e Luís Lameira.

Marcadores: Alexander Zahavi (2 minutos), Amido Baldé (27 minutos) e Henrique Gomes (87 minutos).

Disciplina: Cartão amarelo para Bruno Pacheco (74’) e Diogo Santana (78’); Cartão amarelo para Rúben Luís (56’) e Renato Santos (79’). Cartão vermelho para Amido Baldé (51’).

Melhor em campo: Greg Garza (Sporting).



CRÓNICA:

Numa bela tarde de Sol tórrido, Portimão recebeu o encontro referente à 7ª jornada do Campeonato Nacional de Juniores - Zona Sul. O Sporting venceu por esclarecedores 3-0, pese embora tenha jogado mais de 40 minutos com menos um elemento, devido à expulsão de Amido Baldé. Na primeira parte, o Portimonense prometeu após o golo leonino, mas depois a equipa ressentiu-se. Vitória justa, da melhor equipa em campo.

O falso 4-3-3 do Portimonense

A turma algarvia variou no seu sistema de jogo consoante a fase da partida. Quando em ataque, a turma comandada por José Augusto apostava num 4-3-3 bem aberto. Em processo defensivo, os algarvios optavam por um 4-2-3-1. Na baliza, o lugar pertenceu a Carlos Henriques. O quarteto defensivo foi composto por João Santos e Bruno Pacheco nas laterais e Jorge Gomes e Roberto Carmo no centro. Na zona intermediária, Salvador jogava mais recuado, no apoio a Tiago Fernandes e a Pedro Rodrigues, que se assumiu como ‘10’ da equipa. Na frente, Vítor Gonçalves e João Almeida nas alas e Fábio Nunes no centro.

O tradicional 4-3-3 de ataque leonino

Sem grandes derivações do que se tem visto, José Lima apostou numa equipa baseada no modelo de ataque que vem apresentando. Rúben Luís tomou posição na baliza. Cédric Soares jogou na lateral direita, na oposta actuou o americano Greg Garza. Na zona central da defensiva actuaram Nuno Reis e Matheus Silva. No miolo, Luís Almeida foi o jogador mais recuado, com Afonso Taira a seu par, mas com mais liberdade de ataque. Na posição de organizador actuou José Lopes. Nos extremos, Alexander Zahavi e Renato Santos tinham a missão de municiar o avançado Amido Baldé.

Entrada de leão

O treinador José Lima não podia ter imaginado melhor início de jogo. Após o começo da partida, o Sporting esboçou o primeiro ataque, devidamente “destruído” pela defensiva contrária. O Portimonense respondeu e na perda de bola surge um contra-ataque que culminaria no golo leonino, após a bola ser limpada para canto. No canto curto batido por Renato Santos, Zahavi aproveitou a deficiente colocação da defensiva algarvia para fazer o golo inicial com um remate de fora da área, bem colocado ao poste esquerdo.

Estava feito o mais complicado, o golo. A turma do Portimonense respondeu bem ao golo leonino e procurou dar a mesma “receita” que dera em Lisboa ante o Benfica. Mas desta vez o Sporting conseguiu evitar as investidas contrárias. O primeiro ataque dos portimonenses surgiu perto do minuto 10, com Salvador a cabecear para longe.

Sporting por cima e 2-0

O Sporting com o golo nos instantes iniciais pareceu ter tirado qualquer réstia de criar surpresa ao Portimonense. Os leões, sempre alimentados pelo irreverente futebol de Zahavi. Com o Sporting à procura do segundo golo, foi o Portimonense que criou perigo. Remate de longe de Tiago Fernandes para grande defesa de Ruben Luís para canto. Um minuto depois, Pedro Rodrigues remata para fora. A pressão da equipa caseira aumentava e o público começava a acreditar que a equipa podia causar sensação. O Sporting, tocado pela pressão contrária, começou a dar o aviso que não se iria conter a defender e num canto foi o próprio central Nuno Reis a rematar ao poste.

Quando o Portimonense acreditava que podia empatar o jogo, surgiu o golo do Sporting. Renato Santos combinou com Baldé e o avançado flectiu da linha para o meio para fazer o 2-0.

Com o 2-0 no marcador, o Portimonense quebrou o ritmo e o Sporting controlou a partida até intervalo. Renato Santos aos 31’ rematou à figura. Aos 34 minutos viveu-se o maior momento de aflição na área algarvia. Zahavi remata, a defensiva corta, José Lopes remata ao poste e Amido na recarga manda à barra, só momentos depois é que Jorge Gomes conseguiu limpar o perigo.

Até ao intervalo, o Sporting continuou por cima e mereceu estar a vencer. O Portimonense pela luta que deu, talvez merecesse o golo de consolação na hora de ir para o descanso.

2ª Parte com mudanças previstas e forçadas

Ao intervalo, José Augusto resolveu colocar em campo Xaba em detrimento de João Santos, indo Salvador para lateral. Do lado sportinguista mantinha-se tudo igual. Aos 51’, num lance de luta no lado direito do ataque sportinguista, o Sporting ficou reduzido a 10. Amido Baldé puxou a bola para a linha, com Roberto Carmo a fazer pressão, o avançado português numa atitude irreflectida resolve esticar o cotovelo para trás, atingindo o defesa contrário no rosto. O árbitro vendo o lance, não pode fazer outra coisa além de mostrar o cartão vermelho. O Sporting ficava, a 40 minutos do fim, com menos um elemento em campo.

José Lima, apesar de estar a jogar com menos um, optou por não fazer nenhuma troca, optando por deixar a frente de ataque entregue aos dois alas. E quando se esperava um despertar algarvio, o jogo manteve-se a ser controlado pelos leões.

Aos 55’, Garza rompe bem pela esquerda e cria um lance de perigo que é bem cortado pela defensiva contrária. Três minutos depois, Renato Santos, Cédric e José Lopes criam uma jogada para Zahavi cabecear à figura.

À hora de jogo, Zahavi criou bastante perigo num livre cobrado da direita, com a bola a passar em frente da baliza sem que ninguém lhe chegasse. Nos instantes seguintes, o Sporting continuou a causar perigo, Matheus Silva de cabeça, Renato Santos de pé esquerdo e Nuno Reis de livre foram disso exemplo.

O “apagão” completo do Portimonense

Os algarvios pareciam completamente arredados do jogo, pese embora a equipa contrária estivesse com menos um. De modo a criar instabilidade na defensiva sportinguista, a turma caseira começou a deixar a zona central do ataque e fez descair os dois avançados para as alas, sem sucesso.

Com o passar dos minutos, e com as trocas operadas por José Lima, a equipa sportinguista refrescou-se sem perder qualidade. Sempre com um ritmo seguro e controlado, a equipa sportinguista controlou bem o jogo até final. Sem descurar os ataques, o Sporting por intermédio de Renato Neto criou perigo a dez minutos do fim, mas a bola morreu nas mãos de Carlos Henriques. O melhor jogador em campo, Garza, a sete minutos do fim rematou com imenso perigo à baliza contrária com a bola a passar a centímetros do poste.

Já nos instantes finais do encontro, o Sporting fez um forcing final para alcançar o terceiro golo. Primeiro foi Renato Neto a rematar de primeira para fora e depois surgiu mesmo o golo leonino. José Lopes abriu para Henrique Gomes que surgiu na entrada da área apenas com um defesa pela frente. O avançado fintou com mestria o defesa e bateu o guardião portimonense pela terceira vez.

Vitória justa do Sporting, que, apesar de ter acabado o jogo com menos um elemento, foi sempre a equipa mais coesa e discernida.



ANÁLISE INDIVIDUAL (Sporting Clube de Portugal):

Rúben Luís – O guarda-redes foi um mero espectador na partida, tendo apenas que se aplicar em algumas saídas a perigosos cruzamentos.

Cédric Soares – Algumas subidas perigosas, cumpriu bem nos dois capítulos de jogo: atacou bem e defendeu ainda melhor.

Nuno Reis – Imperial no jogo aéreo na sua área defensiva. Quando chamado ao ataque, ganhou um par de bolas na área contrária e causou muito perigo. Além dos lances no ar, ainda rematou ao poste.

Matheus Silva – Foi uma sombra activa de Nuno Reis. Seguro no que foi chamado a intervir.

Greg Garza – Exibição excelente deste jogador de ascendência americana. Forte nos duelos defensivos, muito perigoso no aspecto ofensivo. Tirou bastantes cruzamentos bem medidos e teve bons apontamentos técnicos. O melhor em campo pela entrega ao jogo.

Luís Almeida – Foi o elemento mais recuado do triângulo do meio campo leonino, por ele passaram praticamente todas as bolas que entraram no ataque.

Renato Santos – Bastante perigoso com a bola nos pés. Rápido e seguro. Quando foi chamado a defender ajudou bastante.

Afonso Taira – Um ‘8’ de encher as medidas. Sem complicações nos lances, jogando sempre simples e de forma prática.

Amido Baldé – Impressionante a força física que aplica em cada lance. Os defesas algarvios bem tentavam, mas sempre que se metiam num lance com ele, estavam condenados a perdê-lo. Fez um golo, teve apontamentos interessantes. Até que, no inicio da segunda parte, uma atitude inexplicável levou-o a agredir Bruno Pacheco. Exibição manchada por uma atitude irreflectida.

José Lopes "Zézinho" – Brilhante prestação do ‘10’ sportinguista. O futebol dos leões passou sempre pelos seus pés. Bom nas mudanças de velocidade, e sempre certo no passe.

Alexander Zahavi – Poderia muito bem ser considerado como o melhor em campo, mas Garza foi bem mais esclarecido. O ala natural de Los Angeles foi uma seta apontada à baliza contrária, marcou um golo, deu muitas bolas para os avançados e fez jogadas com muita qualidade.

Renato Neto – Entrou para o lugar de Zahavi, vindo a ocupar uma posição no meio campo devido à expulsão de Baldé. Fez dois remates com perigo. Entrou bem.

Henrique Gomes – Marcou um golo, fez a missão do avançado. Lutou bastante, fez aberturas perigosas quando desceu ao meio campo à procura de bola.

Alexis Quintulén – Entrou a dez minutos do final da partida e faltou-lhe bola no pé para merecer a entrada em campo.



DECLARAÇÕES:

José Augusto (Treinador Portimonense):

"Quando uma equipa entra num jogo a falhar num lance em que andamos a treinar horas a fio, mostrou que a equipa ainda está num processo de maturidade. Jogar contra uma equipa como o Sporting, e os jogadores sentem esse peso. São jogadores muito jovens, com 3 juvenis e apenas 3 juniores de segundo ano. Jogadores que nunca experienciaram este nível de jogo, é normal que o resultado fosse este. Tentamos depois segurar um pouco o jogo, mas quando os jogadores não se sentem confiantes, mesmo que o treinador lhes recorde as coisas boas que foram fazendo é complicado. O resultado é justo."
[Os 40 minutos com mais um elemento em campo] “É normal, o Sporting tem jogadores muito maduros, jogadores semi-profissionais. Os atletas aqui são todos estudantes, não vivem isto a tempo inteiro como os jogadores do Sporting vivem."
[A diferença com o jogo com o Benfica] “Não foi apenas no jogo do Benfica que a gente tem jogado taco-a-taco, temos jogado bem. A equipa devia estar no meio da tabela mas são jogos diferentes. Contra o Benfica sofremos o golo aos 10’, reagimos e viramos o resultado e depois sofremos um golo nos descontos. Não se pode comparar dois jogos, a mentalidade muda sempre.”


José Lima (Treinador Sporting):

"A nossa equipa foi sempre superior, comandamos o jogo de principio a fim. Na primeira parte estando a vencer por 2-0, podíamos claramente ter feito mais um ou dois golos. Após a expulsão do Amido ficamos com menos um jogador, não perdendo o controlo do jogo. Jogando com muito mais segurança e na parte final acabamos por ter feito o 3-0.”
[Acerca da expulsão do Amido Baldé] “É bom e é mau. É mau porque é uma expulsão, mesmo assim prefiro não falar sobre isso. É bom porque apesar de jogarmos com menos um jogador a equipa soube fazer as pausas quando devia fazer, soube manter a posse de bola quando deveria ter e chegar à baliza contrária com maior certeza. Algo que é bastante positivo."


Greg Garza (Jogador do Sporting):

"Foi um bom jogo. Tivemos a capacidade de vencer e de manter o controlo mesmo quando perdemos um jogador. a equipa esteve muito e o grupo está de parabéns.
Fiquei contente com a minha prestação, mas sei que há sempre coisas para melhorar. Mesmo assim creio que joguei bem, muito graças aos meus colegas.”
[Acerca da expulsão do Amido Baldé] “É um pouco complicado adaptar a equipa a jogar com menos um jogador, mas a equipa esteve muito bem nesse aspecto e conseguimos mais um golo no final do jogo."


Fonte: Academia de Talentos

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